segunda-feira, 15 de junho de 2009

Quantas vezes, Amor, me tens ferido?




Quantas vezes, Amor, me tens ferido?
Quantas vezes, Razão, me tens curado?
Quão fácil de um estado a outro estado
O mortal sem querer é conduzido

Tal, que em grau venerando, alto e luzido,
Como que até regia a mão do fado,
Onde o Sol, bem de todos, lhe é vedado
Depois com ferros vis se vê cingido

Para que o nosso orgulho as asas corte,
Que variedade inclui esta medida
Este intervalo da existência à morte!

Travam-se gosto, e dor; sossego e lida;
É lei da natureza, é lei da sorte
Que seja o mal e o bem matiz da vida

Bocage





3 comentários:

  1. Escolheste um excelente poema, de um autor que é mais conhecido noutros estilos...
    Querida amiga, boa semana.
    Beijo.

    ResponderEliminar
  2. Olá, Isaura :-)

    Obrigada pela sua visita, fico mt feliz que tenha gostado do meu cantinho :-)

    Obrigada também ao Nilson :-D

    Seja benvinda :-)

    ResponderEliminar
  3. São flores de mil cores,
    Campos repletos de mil odores
    São borboletas esvoaçantes,
    Em voos derrapados e estonteantes

    São os grilos, em frescas músicas anunciando o dia
    É o bem-querer do calor, que se estende em tons alegria
    São os risos cintilantes das crianças, em férias prematuras
    O cair dos corpos, em ervas verdejantes e imaturas


    ...Deixo um bocadinho de, novas cores...e novos sabores :-)

    Bom resto de semana :-)

    ResponderEliminar