quinta-feira, 23 de julho de 2009

De um Amor Morto


De um amor morto fica
Um pesado tempo quotidiano
Onde os gestos se esbarram
Ao longo do ano

De um amor morto não fica
Nenhuma memória
O passado se rende
O presente o devora
E os navios do tempo
Agudos e lentos
O levam embora

Pois um amor morto não deixa
Em nós seu retrato
De infinita demora
É apenas um facto
Que a eternidade ignora



Sophia de Mello Breyner Andresen


6 comentários:

  1. "Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é muita para ser insignificante."
    um beijo e uma boa noite

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  2. Porque será que nós só recordamos as coisas más quando um amor morre? Todos os momentos bons desaparecem.Pelo menos comigo aconteceu sempre assim. BJS

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  3. Como sophia sabia bem encantar...
    bjs

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  4. O "bom" das coisas más é:SÓ PODEM MELHORAR!
    A seguir a um amor morto há a esperança de um muito, muito melhor...há possibilidade de corrigir os erros cometidos, há o abandonar uma situação que já não era boa e há o RENASCER!
    Beijinhos

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  5. De um Amor nasce a evolução e construção do Ser. O pior é quando se faz remoinhos na estagnação

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  6. hoje andei com mais calma por aqui..........

    gostei

    excelentes escolhas

    jocas maradas.........sempre

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